Não adianta fugir!

       Como encaramos a morte? existem tantas formas de convivermos com ela, tantos tabus, rituais, medos,superstições, não adianta se esconder, todos nós um dia vamos enfrenta-la, as coisas estão mudando; já tem funeral que até parece uma festa; tem orquestra, discurso, coquetel, as pessoas estão se soltando mais, aceitando com mais naturalidade que somos um grão de areia nesse vasto universo, que nosso corpo é apenas materia. Usamos os eufemismos para dizer: partiu dessa pra melhor, foi ao encontro do criador, chegou sua hora, viajou, desencarnou, descansou, foi pro andar de cima, esta debaixo de 7 palmos de terra, vestiu o paleto de madeira, fez a ultima viagem. O quando e como morremos nunca saberemos, tem algumas que são suaves, doloridas, desastrosas, anunciadas, provocadas, após a morte de uma pessoa querida, sentimos uma perda, um vazio, incompreensão, incredulidade, aos poucos vamos aceitando, fica o sentimento de saudade, dos momentos bons e ruins que passamos juntos, coisas que queriamos dizer e ficavamos adiando. Hoje existem varias formas de ir ( eufemismo ) querem ser cremados, lançados ao mar, congelados, lançados no espaço, claro que continua do modo primitivo, tem pra todos os gostos e bolsos. No intimo, tememos essa força implacavel que é a morte? feliz daquele que ao chegar sua hora tem a presença de amigos e parentes para a despedida, será que quando chegar nossa vez apertaremos sua mão, lhe daremos um abraço, jogaremos conversa fora e aceitaremos nosso destino?